Um cenário a duas dimensões.
Comemoramos por esta altura o Dia Internacional para a erradicação da Pobreza e somos confrontados com dados estatísticos deveras preocupantes... Se pensarmos que por detrás destes dados estão pessoas então o caso torna-se ainda mais dramático. Etiquetas: Desemprego, Economia, Pobreza, Socialismo
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a população residente em situação de risco de pobreza é de 19%, ou seja, cerca de dois milhões dos residentes em Portugal são pobres ou estão em vias de se tornarem pobres. Este valor correspondia à proporção dos habitantes com rendimentos anuais por adulto inferiores a 4321 euros no ano anterior (cerca de 360 euros por mês), após as transferências sociais do estado. Em comparação com outros países europeus, a taxa de risco de pobreza apenas era superior na Lituânia e Polónia, com 21 por cento da população em risco. A média europeia cifrava-se nos 16 por cento. Ainda segundo os dados agora revelados, Os idosos com mais de 65 anos e os menores de 16 anos registavam as taxas de pobreza relativa mais elevadas: 28 e 23 por cento, respectivamente.
A distribuição de rendimentos demonstrava as desigualdades que grassam pelo País: o rendimento dos 20% da população mais rica é 6,9 vezes superior ao dos 20% da população com menor rendimento. Ou seja, os dois milhões de residentes com menos posses obtinham apenas sete por cento do rendimento líquido das famílias, enquanto aos dois milhões de residentes com mais riqueza correspondia 45 por cento do total do rendimento das famílias.
Estes números espelham bem os falhanços governativos, a taxa de desemprego aumenta, a carga fiscal, teoricamente capaz de redistribuir os rendimentos é absorvida pela máquina do estado, que se mostra incapaz de emagrecer e de se reformar, gastando tudo o que tem, e pedindo ainda mais e mais sacrifícios aos portugueses.
Ficamos a saber agora que com este orçamento de estado, o governo se prepara para apertar ainda mais o cerco aos pensionistas com reformas superiores a 600euros, imagine-se a fortuna. E fará mais processos de privatização, recorrendo a mais receitas extraordinárias, as tais que o PS via como horríveis, que serão utilizadas, não como forma de gerar investimento reprodutivo, mas para continuar a alimentar a máquina central do estado e um modelo de segurança social falidos.
Estes são afinal números típicos de países de socialismo de 3º mundo, em que uns quantos empresários e decisores políticos vivem no paraíso, paredes meias com a pobreza nas ruas, onde reina a corrupção e os negócios por baixo da mesa. Onde a economia regular, e os empresários cumpridores, que não utilizam contabilidade criativa, têm de concorrer no mesmo mercado, com os que corrompem e se aproveitam de tudo para enriquecer.
O modelo socialista aprece assim mais do que esgotado, no país e na Amadora, em que vivemos obcecados pela política do repuxo, dos jardins, e mais recentemente do ski, enquanto vamos persistindo numa das mais altas taxas de desemprego do país, e na aposta dos sectores com pouca inovação, e modelos de negócios assentes no grande consumo e mão-de-obra barata. Não estará na altura de virar a página?
Concordas com a nossa vis? para a Amadora? Vem connosco!
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