Conselho Nacional da JP
Ontem, dia 1 de Abril de 2007, decorreu em Vila Nova de Gaia mais um Conselho Nacional da Juventude Popular. Da concelhia da Amadora estiveram presentes os conselheiros nacionais Luís Chiti, Pedro Tomé e Tiago Antão.
O Conselho Nacional foi o meu primeiro grande acto de exposição política, por isso achei por bem fazer uma análise pessoal sobre os acontecimentos.
De realçar, considero: a alteração da ordem de trabalhos, a convocação de Congresso antecipado da JP pelo senhor Presidente João Almeida e a discussão da proposta de introdução de eleições directas nos estatutos da JP.
A ordem de trabalhos, inicialmente prevista, seria:
1 – Discussão da situação interna do CDS/PP e da JP.
Contudo, tal não aconteceu como o conjecturado, uma vez que se deu um “assalto” à respectiva ordem de trabalhos. Acção executada pela Comissão Política Nacional, que propôs a seguinte ordem de trabalhos:
1 – Discussão da situação interna do CDS/PP e da JP;
2 – Aprovação do regulamento de designação da composição da delegação da JP ao XXII Congresso do CDS/PP;
3 – Convocação do XVI Congresso da JP;
4 – Aprovação do Regulamento do XVI Congresso da JP;
5 – Eleição da Comissão Organizadora do Congresso.
Na minha opinião esta alteração, foi injusta tanto para com os conselheiros presentes, que não se encontravam preparados para tal, assim como para os conselheiros em falta, que se viram impedidos de participar nestes novos pontos, vendo por isso o seu estatuto desrespeitado. Apesar de tudo a ordem de trabalhos correu com relativa normalidade e todos os pontos foram cumpridos.
Outro momento a destacar foi a convocação do Congresso antecipado. Um acto pouco digno na minha perspectiva, pois os mandatos são para ser levados até ao fim, salvo em situações de maior que impeçam o seu normal decurso. E ao que me constou, o senhor Presidente da JP não apresentou qualquer razão convincente para o fazer. O que me leva a supor que existe uma segunda intenção por detrás desta convocação.
Ainda assim, o ponto de maior discussão foi a introdução de eleições directas na JP, que também se encontra actualmente em debate no CDS/PP.
O debate sobre as directas foi lançado à priori na intervenção do conselheiro Tiago Antão. À posteriori, o conselheiro Luís Chiti sublinhou tal ideia e relançou o debate ao propor a realização de eleições directas para o próximo líder da JP e tal seria votado ad hoc pelo Conselho Nacional, ou seja, sem fins vinculativos, a ser posteriormente ratificado em Congresso. Todavia, a proposta foi retirada por falta de consenso. Curiosamente, as pessoas que se insurgiram contra tal solução são as mesmas que a defendem no CDS/PP. Porém, os dados estão lançados.
Para a JP–Amadora esta questão é muito querida, uma vez que sempre defendemos que a escolha do líder deve ser expressa na vontade directa e secreta dos seus militantes. Para nós, jovens de matriz personalista, as pessoas valem por si e a principal forma de expressar esse valor é através do voto pessoal e directo. E reduzir pessoas a objectos é uma atitude tipicamente de esquerda. Além disso, as eleições directas representam uma boa forma de combater a oligarquia que se apodera dos partidos políticos, uma vez que põe em pé de igualdade todos os militantes, permitindo a qualquer militante ascender ao cargo de Presidente da Juventude Popular através logicamente do mérito próprio. Ou seja, uma atitude tipicamente de direita.
Para quem se diz contra as directas, resta-me perguntar se também acha que as eleições legislativas, por exemplo, não devem ser feitas por sufrágio universal?
Em suma, o Conselho correu bem, apesar do calor que se fazia sentir na sala. Na verdade, até tivemos alguns momentos hilariantes relacionados com umas conselheiras que devido à fraca estatura se puseram em cima de cadeiras no Conselho Nacional do CDS/PP em Óbidos. Atitude que, obviamente, só tem desculpa pela pequenez corporal das conselheiras.
Concordas com a nossa vis? para a Amadora? Vem connosco!
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