2 Anos de Sócrates ...
Estamos por esta altura a atravessar o meio de mandato do Governo chefiado por José Sócrates. Parece-me portanto uma boa altura para um balanço global deste executivo...
Nestes dois anos de Governo, muito temos visto passar na imprensa anuncios de investimentos, de declarações de intenções de reformas nomeadamente na segurança social, na saúde, na educação, do afamado "Choque Tecnológico", na administração pública, etc. Para mim, que sou de direita e acredito na diminuição do peso do estado na economia, na flexibilização da administração pública, no funcionamento, eficazmente regulado, do mercado, numa sistema de segurança social e de saúde baseado na escolha e na gestão eficaz para os utentes e estado assim como uma educação baseada na meritocracia onde seja garantida a igualdade de oportunidades à partida, fiquei particularmente satisfeito com toda a propaganda que rodeou estes 2 anos de governo, independentemente de vir de quem vêm (PS) há que pensar no bem da Nação. Mas rapidamente as esperanças se desvaneceram e cheguei à conclusão que tudo isto não passa de uma gestão de imagem e de comunicação bem articulada e que cumpre o seu desígnio de manter a popularidade do Governo em alta.
Senão vejamos, a reforma da educação tarda em aparecer e a Ministra da Educação não bate a bota com a perdigota contrastando bons príncipios que se traduzem em más medidas. Na saúde, fecha-se urgências e maternidades (e brevemente abrem-se serviços para os abortos) na ânsia de tornar o sistema de saúde menos deficitário em termos económicos sem muitas vezes se pensar na verdadeira qualidade de serviço às populações. As medidas anunciadas de desburocratização da constituição de empresas, o "Simplex", volta a ser um bom príncipio, mas de um modo geral as 333 medidas incluídas nesse documento pouco mudam ao que anteriormente se passava. Temos entidades reguladores de mercado que demoram mais de um ano a decidir sobre o avanço ou não de uma OPA. Uma reforma da Segurança Social que nos obriga a trabalhar mais anos, o que só por si não é criticável visto o aumento da esperança média de vida, mas que ainda assim não garante a escolha do cidadão entre o regimo misto e o público e ainda assim não garante a sustentabilidade e a garantia dos jovens, quando chegar a sua altura, receberem reforma. O anuncio de investimento de grande volume, OTA e TGV, cujas escolhas são extremamente duvidosas e, na minha opinião, nada fulcrais, nos moldes apresentados, para o futuro de Portugal. Um "Choque Tecnológico" que de obra feita apenas trouxe a internet para as escolas. E o que dizer dos "150. 000 empregos" que iriam ser criados e o desemprego continua a crescer e importantes investimentos estrangeiros em Portugal são deslocalizados ou constantemente ameaçam ser deslocalizados ... ? De positivo ? A estratégia no sector energético, optando pelo sector das energias renováveis e a, infelizmente anunciado mas com poucos efeitos práticos, liberalização do sector de fornecimento de electricidade em Portugal.
Enfim, na minha opinão, estes 2 anos de mandato do Governo não são minimamente satisfatórios, mas há que realmente dar o valor a este Governo pela gestão de imagem e comunicação que mantém os seus indíces de popularidade em alta.
Infelizmente a população portuguesa continua a manter confiança neste Governo, ignorando promessas vãs efectuadas em campanha e já durante o mandato.
O que Portugal precisa é de um Governo de Direita, que o PS têm tentado realmente fazer mas falta-lhe o cariz ideológico e sobeja-lhe o pudor para o ser e fazer. E que tal nas próximas eleições a população aperceber-se disso e legitimar um Governo de Direita que não tem pudor para o ser, que não lhe falta a ideologia de modernidade, emprego, investimento não esquecendo a pendente social e que quer e pode fazer? ...
Concordas com a nossa vis? para a Amadora? Vem connosco!
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial