Um ano de mandato.
Penso que do ponto de vista da actividade política a JP pode orgulhar-se do trabalho realizado, quer pelo que fizemos juntamente com o CDS-PP, quer pelas iniciativas que tivemos: Fomos visitar o Bairro 6 de Maio, mostrámos as nossas posições no “Notícias da Amadora”, o único jornal local realmente activo à altura. Tomámos posição ao nível interno sobre a conduta que tomou a direcção nacional da JP, participámos nas assembleias municipais, e algumas actividades ao nível das freguesias do concelho, discursei pela JP e em nome do CDS-PP no dia 25 de Abril nos Recreios da Amadora. Apresentámos ao grupo municipal do CDS-PP duas propostas aprovadas por unanimidade na Assembleia Municipal. Falámos com associações de moradores devido ao caso da CRIL. E temos hoje um programa da Juventude Popular para a cidade da Amadora.
Entre outras coisas, estes são os factos que decidi realçar. Dirão alguns que muito ficou por fazer. Concordo em absoluto, sei também que em termos de filiações tivemos apenas cinco novos filiados num ano de actividade. Tivemos enumeros projectos que apesar de abordados ficaram por realizar. Ir às escolas, construir um bom site ou falar com as associações do concelho. Nem sempre o trabalho teve a mesma produtividade. No entanto, não posso deixar de me orgulhar pelo trabalho realizado, porque não existia concelhia e hoje estamos muito melhor. Espero que para o futuro fiquem as bases para crescermos ainda mais. Espero ainda que no futuro o envolvimento de todos os membros duma futura concelhia seja um facto que ajude a realizar cada vez mais e mais trabalho.
Tenho ainda de nesta altura realçar a colaboração de todos aqueles que contribuíram de forma decisiva para o que correu bem nesta concelhia, pelo bom trabalho que todos os membros desta CPC desenvolveram. E não podia deixar de realçar a colaboração do partido durante este ano. Nomeadamente o papel do seu presidente, o Eng. João Paulo Castanheira, que desde a prestação de informação ao acolhimento de propostas por nós apresentadas, foi duma colaboração total com esta concelhia. A ele o meu muito obrigado.
Quando se faz uma análise deste tipo não devemos ignorar as circunstancias do papel político, estar a desenvolver este trabalho, com um governo e uma câmara Municipal com maioria absoluta do Partido Socialista, com problemas internos no próprio partido, numa cidade politicamente adversa não é tarefa fácil. Não pretendo arranjar desculpas, mas precisar do PS para aprovar quaisquer propostas não se torna fácil.
Devo anunciar, para os que ainda não sabiam, que não me recandidatarei a mais um mandato. Não o faço por razões políticas e pessoais. Quanto às razões políticas, estas prendem-se sobretudo com o facto de pensar que este projecto terá continuidade assegurada, por pessoas que têm tanta ou mais competência que eu para o desenvolver. Além disto, penso que na vida política, e nas juventudes partidárias em particular é essencial que haja renovação, de ideias e de pessoas. Teria certamente condições para continuar, mas penso que está na altura de outros seguirem este caminho. Porém, deixo aqui expressa com enorme clareza a minha vontade de continuar a colaborar com a próxima concelhia eleita. Estarei sempre disponível para continuar a colaborar sempre que me for solicitada colaboração e na exacta medida daquelas que forem as minhas possibilidades. Quanto às razões pessoais, igualmente relevantes para esta decisão, compreenderão que não as revele aqui.
Para o futuro desta cidade penso que será fácil perceber que não este caminha aquele que levará a uma “Amadora com Futuro!”. Este é o caminho das rotundas e dos parques rodeados de blocos de betão onde todos nos vamos tentando encaixar numa cidade que não respira, mal ordenada, que não se desenvolve, que não sai do espectro fechado, que não tem um paradigma de desenvolvimento e que só cresce em grandes superfícies e aglomerados habitacionais. Não há crescimento económico, não são apoiados os cidadãos que têm iniciativa, não há políticas de apoio aos jovens, não se desenvolvem parque industriais, nem centros empresariais, em suma não há perspectivas nesta cidade. A única perspectiva é vir morar perto de Lisboa, ou passear por um qualquer parque aventura ao fim-de-semana. Faltam nos equipamentos sociais, valências que tornem esta uma cidade de Futuro. Porque não temos zonas Wi-Fi de acesso público, apesar deste ser o partido do choque tecnológico, porque não temos liberdade para andar na rua, porque os cidadãos se sentem inseguros, não temos zonas para os estudantes, não temos ciclovias ou corredores BUS que desincentivem a utilização de veiculo próprio. Temos ainda uma limpeza urbana que deixa muito a desejar.
É por uma Amadora com futuro que devemos continuar a trabalhar. A Juventude Popular é sem dúvida uma organização política de juventude essencial à cidade. Desse ponto de vista é também de extrema importância estar atento ao que a Câmara Municipal da Amadora fará quanto ao C.M.J.
É hoje que me despeço de todos os leitores, é um simples até já, porque continuarei por aqui embora já não como presidente. Passado um ano, desejo a todos os que ficam votos de muitos sucessos para as próximas batalhas. Tenham a certeza que lá estarei ao lado deste projecto. Por uma Amadora com Futuro!
Concordas com a nossa vis? para a Amadora? Vem connosco!
2 Comentários:
A devida vénia.
4/2/07 12:13
A Amadora conta!
8/2/07 01:45
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial