E quando pensávamos já ter visto tudo...

Eis senão quando voltamos a assistir a mais uma proposta de redução de quotas de pescado da União Europeia para Portugal. Se há desvantagem nalgum sector na integração de Portugal na UE, as pescas e os pescadores têm sido, sem dúvida, imensamente fustigados pelas propostas de Bruxelas.

Dos subsídios ao abate da frota pesqueira, aos limites de captura, o desincentivo à pesca tem sido constante. Isto apesar dos Espanhóis poderem capturar tudo e mais alguma coisa.

Temos assim um país fora dos centros urbanos que continua a receber incentivos para não produzir. Como consumidores de peixe, vamos importar a Espanha o pescado para ser consumido em Portugal, fazendo transferências sociais aos pescadores Portugueses para estarem parados. No fundo, servimos apenas como o país dos serviços e os empregados do resto da Europa.

A meu ver, esta é uma proposta completamente inaceitável. É um dever patriótico do governo rejeitar a aplicação de qualquer redução no volume de pescas. Os oceanos e as espécies marinhas são um património para o futuro, de facto, mas esse património deve ser preservado solidariamente por toda a união, e não apenas pelos países costeiros, ainda por cima por uns mais do que por outros...

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