Perder o comboio?!?

«Aliás, a propósito do encerramento de empresas temos o exemplo talvez mais mediático no nosso concelho, o da Bombardier em que vemos constantemente os mesmos no aproveitamento de uma situação difícil para os trabalhadores daquela empresa, que há custa disso tentam tirar dividendos políticos. É caso para dizer que onde houver um despedimento que seja notícia, lá estará atrás uma bandeira vermelha, ainda que seja só para aparecerem no telejornal como alegados defensores dos trabalhadores, ou dos explorados como preferirão sempre chamar à boa maneira marxista. Estarão lá sempre ainda que o contributo prático que podem dar a esses trabalhadores seja ínfimo.»

In: Discurso do CDS-PP na Sessão solene do 25 de Abril em 2006

Infelizmente, ontem voltámos a assistir a mais um exemplo de um aproveitamento completamente descabido. Não ponho em causa que os ex.-trabalhadores da Bombardier também se queriam deixar aproveitar, muitos deles deixando-se seguir pelo entusiasmo militante. Além disto também os media acharam piada às manifestações dos trabalhadores da Bombardier, e portanto lá temos de ouvir o senhor António Tremoço, dizem-nos eles, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos e antigo trabalhador da Sorefame e Bombardier, fica por esclarecer, que é também membro do PCP na Assembleia Municipal da Amadora, diz-nos ele que alguma coisa tem de ser feita. Concordamos, no entanto não nos parece que seja o estado que tenha de criar uma empresa pública de construção de material circulante.

Bem sabemos que é este, no fundo, o secreto desejo do PCP. Aliás tanta vontade em que a EMEF venha para a Amadora a qualquer custo, mesmo sem sabermos se isso representa uma significativa mais valia para o concelho, não se explica de outra forma que não seja a vontade de voltar a depender do estado. Foi esta mentalidade que levou a que a Sorefame e Bombardier fechassem as portas daquela fábrica.

Numa perspectiva de uma Amadora com Futuro, aquele sitio só faz sentido se for aproveitado como um centro de excelência e desenvolvimento como caminhos de ferro. Aqui concordo em absoluto com o que diz o presidente da câmara. Para servir como meras oficinas da EMEF onde vai parar a sucata dos caminhos de ferro, é preferível manter aquela fábrica fechada. Não cedendo às tentações da especulação imobiliária.

Perguntar-me-ão o que se faz então com os trabalhadores? É uma situação sem dúvida complicada. Mas tenho uma sugestão, já que como dizem são trabalhadores especializados, e muito competentes, porque não começarem a procurar outro emprego? Eu sei, é difícil, mas é-o para todos.

Concordas com a nossa vis? para a Amadora? Vem connosco!