A Direita auto-fágica ...
Existem em Portugal cinco Partidos com assento parlamentar (6 se considerarmos "Os Verdes" como independentes do PCP). Bloco de Esquerda, Coligação Democrática Unitária (CDU), Partido Socialista, Partido Social-Democrata e Centro Democrático Social - Partido Popular. Destes, dois defendem políticas de esquerda (BE e CDU), um defende políticas de esquerda e parece governar á direita (PS), outro intitula-se como partido de centro-direita mas assume ambições de doutrina centro-esquerda(PSD) e, finalmente o partido da Direita, nós (o CDS-PP).
Perante este panorama sou levado a constatar (se dúvidas houvessem), que o único partido de Direita em Portugal é o CDS-PP. Analisando mais a fundo as políticas dos 3 partidos fora do Bloco Central temos o seguinte:
O BE, partido das causas fracturantes, têm vindo a crescer graças a um discurso virado para o "partir" com os valores tradicionais da sociedade, fazendo suas as causas dos homosexuais, da liberalização das drogas, do aborto e da prostituição. Terminando o debate destas causas, poucos ou nenhuns sabem o que o BE vai ter para dizer ao país ...
O PCP com as causas de sempre, repetindo á exaustão uma cassete (que agora com as novas tecnologias talvez seja um CD ou um DVD) que já leva mais de 100 anos e em Portugal é como que algo intocável, como se os tempos não mudassem e o séc. XIX ainda fosse actual. Temos de dar mérito ao Sr. Marx e ao Sr. Engels por terem escrito um documento de tanta visão ...
E o CDS-PP ? Qual é o seu rumo ? ... Têm um espaço a ocupar, ainda mais agora que o PSD chegou-se para o centro, tâm algo a dizer a Portugal e aos países e o que é que se ouve ? Uma barulheira, resultante de uma CPN que diz "alhos", um grupo parlamentar que diz "bugalhos" e outros grupos que dizem "trangalhos".
Um discurso que deveria revelar-se liberal em termos económicos e de reforma de estado preparando o país para o futuro, ser neo-conservador no que refere aos valores morais da sociedade e na defesa da instituição que é a família enquanto pilar fundamental da sociedade e democrata-cristão no plano social, do mérito pessoal e do indíviduo enquanto parte de um todo. São estas as bases fundamentais do nosso Partido e todas elas são importantes para se manter um discurso ideológicamente equilibrado e que possa realmente chegar aos portugueses.
É triste assistir ao que se passa no CDS-PP ultimamente, vemos uma guerra interna, uma luta por poder e jogos políticos que francamente não fortalecem a imagem do partido e que ainda contribuem para o enfraquecimento da nossa "voz".
Todos os dias vejo um espectro a pairar sobre a actual liderança do CDS-PP, qual bicho papão ou D. Sebastião vindo num dia de nevoeiro, e questiono-me do porquê de todo este jogo sujo político de enfraquecimento do partido para o regresso anunciado do herói. E sinceramente ou não existe amor á camisola e andamos todos nisto por amor próprio, ou então não percebo.
Quem no seu perfeito juízo "destrói" a sua "equipa" para depois "pegar" nela ? Alguém com a ambição pessoal de ser recordado como um herói e para que quando sair novamente possamos ver espelhadas as lágrimas nos rostos dos seus apoiantes. Até porque é muito mais fácil pegar num partido com 3% e levá-lo aos 8/9 % do que pegar nele com 9% e chegar aos 15%. E aí teremos todos a falsa sensação de termos seguido um verdadeiro líder.
Mas voltando um pouco atrás, o que é um bom líder ? Será um "One Man Show" que, reconhecendo o seu poder mobilizador e entusiasta, seca tudo á sua volta e faz tudo sozinho assumindo todo o protagonismo e louros do trabalho que pode, deve e têm de ser de equipa ???
Ou um homem que indica o caminho á equipa, a motiva, a faz trabalhar e traz crédito e reconhecimento aos que o merecem sendo apenas mais um entre iguais que têm o seu papel no todo que é a equipa? ... Eu vou pela 2ª.
Assim sendo, como se afirma que o Dr Ribeiro e Castro é um líder fraco se os próprios jogadores da equipa fazem auto-golos ? Ou, usando uma metáfora recentemente célebre, como pode ele ser um mau "maestro" se a banda toca á desgarrada sem olhar para ele e para as indicações que ele vai dando?
Na minha opinião, vamos assistir á queda de um "maestro" sem ter orquestra para tocar e veremos outro subir ao palanque para tocar os instrumentos todos sozinho e depois ... depois restam os instrumentos e um público que ficou sem perceber o que se passou e que não volta a comprar bilhete para o espectáculo.
Concordas com a nossa vis? para a Amadora? Vem connosco!
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