Natalidade ... regeneração de gerações em risco.
Numa altura em que se fecham maternidades e se prometem incentivos á natalidade, fazendo uma política aos zig-zagues, surge uma notícia preocupante. Ver aqui.
Acredito que tenha sido uma situação pontual, em que realmente, por culpa de toda a conjuntura política e económica do país não tenha dado a estabilidade necessária às famílias para darem um passo importante que é o de trazer ao mundo um, ou mais um, filho. De qualquer das maneiras, a verdade é que a política de incentivo á natalidade que o governo promete e diz ser ponto fulcral na viabilidade da segurança social, é algo que já devia estar presente na mente e na agenda dos governos que ultimamente estiveram no executivo, adiando assim algo que só agora parece importante mas que há já quase 20 anos devia ter sido tomado em conta.
Ainda assim, apregoa-se aos 4 ventos que "é necessário maior natalidade" mas retiram-se condições essenciais a tal política ... as Maternidades. Muitos veêm uma medida positiva e que vai cortar bastantes gastos superfluos na Saúde e baseiam-se em relatórios técnicos quer de saúde quer de gestão para suportar esta decisão, mas para mim, não obstante de ser um defensor acérrimo de uma gestão equilibrada e respeitador inequívoco dos relatórios técnicos, esta é uma péssima medida no ponto de vista de política neo-natal e de incentivo á natalidade.
Não rejeito a ideia na sua totalidade, é um facto que existem maternidades e serviços de obstetrícia a funcionar com apenas 10/15 km de distância entre si e nesta situação, sem dúvida que é um acto de boa gestão fechar um deles e manter apenas um em funcionamento. Mas casos há que, em minha opinião, é péssimo que se encerre tais serviços. Como por exemplo Elvas, onde a maternidade mais próxima em solo nacional dista de 55km, e por favor ... mandar grávidas portuguesas para darem á luz em Espanha é uma total perca de soberania nacional ... E no interior outros exemplos existem.
Concordo com os principios da decisão, mas não posso concordar com muitos casos de encerramento que por este ou aquele motivo são, em meu ver, prejudiciais para o incentivo á natalidade e povoação (ou regeneração da população) no interior desertificado e acima de tudo um mau serviço á população. Penso que deveria ser repensado e encontrar-se outras formas de resolver o problema em zonas que, por diferentes motivos, têm características muito particulares.
Concordas com a nossa vis? para a Amadora? Vem connosco!

1 Comentários:
Pior do que não haver maternidades ao virar da esquina (e não sou propriamente um defensor da medida) é a espantosa falta de condicões para se ter um filho.
Aqui onde eu paro agora, é perfeitamente normal uma pessoa antes dos 30 anos ter dois filhos, casa própria e outras regalias (horário de trabalho de 35 horas semanais entre outras).
Quem é que se pode dar a esse luxo em Portugal? Se ter um filho é uma aventura dois então é cada vez mais um luxo só ao alcance de uma elite...
2/6/06 12:44
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