CDS-PP questiona Governo sobre a CRIL
Eurodeputados do PCP visitaram ontem o traçado da via na Amadora e acusam
a câmara de se recusar a ouvir a população
O grupo parlamentar do CDS/PP apresentou ontem, na Assembleia da República, um requerimento ao Ministério das Obras Públicas pedindo esclarecimentos sobre o actual projecto de traçado para a conclusão do último troço da Circular Regional Interior de Lisboa (CRIL), entre o nó da Buraca e o nó da Pontinha.
Entre as várias questões, os deputados perguntam "para quando o avanço das obras", se há ou não alteração ao projecto e se vai "ser preservado em toda a sua extensão o aqueduto das Águas Livres". "O projecto submetido a discussão pública por parte da Estradas de Portugal é inaceitável, porque prevê a construção de enormes viadutos a poucos metros dos edifícios de habitação, numa zona densamente povoada, preconizando, se for levado a cabo este projecto, o emparedamento da freguesia de Alfornelos [Amadora] entre vias rápidas construídas a céu aberto", lê-se no requerimento.
Também ontem, os eurodeputados Ilda Figueiredo e Pedro Guerreiro, do PCP, visitaram o percurso da CRIL na zona da Amadora. "Cerca de 30 mil moradores podem ser altamente prejudicados se se favorecer os interesses privados de um futuro empreendimento [na Falagueira], que deve servir como alternativa para o traçado", disse Ilda Figueiredo, no final da visita.
A eurodeputada acusou ainda "a maioria da Câmara da Amadora de se recusar a discutir o problema com as populações e na assembleia municipal". Os moradores protestam contra o facto de o actual projecto prever uma construção maioritariamente em viaduto. Consideram que vão ficar emparedados e, por isso, sugerem a construção em túnel - e não de uma vala coberta seguida de viaduto, como prevê o projecto da Estradas de Portugal -, entre a Buraca e a Falagueira, para onde está prevista a urbanização.
Sugerem ainda a continuação da CRIL pelos antigos terrenos da antiga Estação de Reprodução Animal até Alfornelos, o que permitirá poupar, segundo os moradores, 30 prédios de serem demolidos. A população afirma que, se o actual projecto de traçado for para a frente, serão afectados de forma "irremediável" a saúde, a qualidade de vida e os direitos da população residente em cinco bairros do concelho de Lisboa e Amadora: Santa Cruz de Benfica, Damaia, Venda Nova, Alfornelos e Buraca.
Os moradores sublinham que são "a favor da CRIL": "Não queremos é este projecto", que já teve, por três vezes, um parecer desfavorável.
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