Pagamos para ouvir isto?

Decorreu ontem, segunda-feira a Assembleia Municipal da Amadora. Numa altura em que se fala da separação entre o poder político e a população, cenários como esta assembleia ajudam a explicar o porquê. O facto é que os eleitos cada vez mais se afastam dos eleitores. Hoje ninguém sabe qual a actividade da Câmara Municipal, quais os assuntos que os responsáveis pelos destinos do Município tratam.

Até para quem tem interesse em seguir a actividade da Câmara Municipal, se torna difícil saber, por exemplo quando é que são as Assembleias Municipais. Fica clara a sensação de que por vezes estarmos a discutir uma realidade que nada tem a ver com a realidade que se vive numa cidade como a Amadora. Fica a ideia de que sistematicamente a Amadora vai ficando para trás, vai perdendo o comboio da modernidade, e se vão perdendo oportunidades de fazer desta uma cidade “com sentido”.

A juntar a isto e quando finalmente alguém consegue descobrir quando se realizam as assembleias municipais, e decide marcar presença assiste-se a um triste espectáculo , de politiquice de 3º mundo. Todos querem falar de tudo, achando-se donos da verdade absoluta dizendo enormidades, umas atrás das outras... Uma discussão própria de imperiais e tremoços de uma qualquer tasca da esquina onde um regimento tudo permite protestar, e um presidente que tudo permite que se diga.

Será caso para dizer que enquanto a oposição fizer o jogo do executivo e enquanto os políticos se preferirem afastar da “cidade real” continuaremos a ouvir frases como: “Só se lembram de nós na altura das eleições”. Acções tão simples como fazer do site da Câmara Municipal um portal de informação aos cidadãos ao invés de um sitio estático com a história do Concelho poderiam aproximar muito mais, a população dos políticos. Não nos devemos resignar, como dizia Adelino Amaro da Costa: “A juventude não é instalada!”

Concordas com a nossa vis? para a Amadora? Vem connosco!